Os bolsonaristas que cuidam da criação de um novo partido para acolher o presidente Jair Bolsonaro e seu séquito debatem o risco de não disputarem o pleito de 2020. É notório o demorado processo de oficialização da legenda – que pode durar de dois a três anos – e a presença do ex-presidente Lula da Silva nas ruas, em forte campanha diária a partir de agora, pode transformar a onda bolsonarista de 2018 em marolinha ano que vem.
Perder prefeituras para uma eventual ascensão municipalista do PT, com Lula como megafone nacional, é alto risco para o projeto de reeleição de Bolsonaro em 2022. Há corrida contra o tempo, nos estudos entregues ao presidente, para legitimar o futuro partido. Como mandar para as ruas a militância digital que ajudou a eleger o capitão.
Empresários aliados de Bolsonaro se desdobram em planos. Luciano Hang, dono das Lojas Havan, cogita mandar para as ruas parte de seus funcionários atrás de assinaturas.
O resgate do registro de um antigo partido, com processo há meses nas mesas do Tribunal Superior Eleitoral, pode ser a saída de emergência para Bolsonaro.