A Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa) e a Fundação José Carvalho sofreram na última semana uma busca e apreensão num processo que investiga fraudes contábeis. O caso, no entanto, promete ganhar novos capítulos.
A justiça da Bahia determinou que o Ministério Público Criminal apure possíveis irregularidades. O juiz do Tribunal de Justiça da Bahia, em despacho publicado na segunda (13), informa ao desembargador do caso “aparente obstrução no cumprimento da decisão”.
As buscas contra a Ferbasa ocorreram após o filho do antigo proprietário da companhia solicitar os documentos que subsidiaram a criação da Fundação José Carvalho, nome do ex-dono da Ferbasa, que faleceu em 2015.
Em nota à Coluna, a assessoria da Ferbasa alega que “não há processo de fraude contra a Companhia” e que trata-se de “acusação leviana”. Informa ainda que a empresa é “listada como Nível 1 de Governança Corporativa na B3 e adota altos padrões de transparência, integridade, equidade, prestação de contas, responsabilidade nos negócios e no relacionamento com todos os seus públicos de interesse”.
Ainda de acordo com a empresa, a Ferbasa “tem suas demonstrações financeiras trimestralmente auditadas por Big Four, sempre atuando de acordo com as melhores práticas de governança corporativa, cumpre e cumprirá todas as decisões da Justiça, bem como adotará todas medidas legais cabíveis na defesa dos seus direitos”.
E segue: “Nesse sentido, esclarece que a ordem de busca e apreensão não pôde ser levada a termo por questões técnicas e burocráticas no recebimento desse material pelo cartório e pelo Oficial de Justiça, como explicado em juízo. Assim sendo, foi estabelecido novo prazo para a entrega da documentação”
“Vale ressaltar que o processo judicial em questão versa exclusivamente sobre o acesso a documentos da Ferbasa e da Fundação José Carvalho, referentes a 37 anos, requeridos em uma outra ação judicial iniciada em 2012 pelo Sr. José Eduardo de Carvalho – processo judicial acerca da dotação das ações da Ferbasa para a Fundação José Carvalho, conforme desejo do Fundador da Companhia. Esta dotação, que ocorreu há quase 50 anos, seguiu todos os ritos legais e durante 30 anos não foi contestada judicialmente”, finaliza o comunicado.