Diferente de outras CPIs, que serviram apenas de palanque para parlamentares e terminaram em pizza, a que investigou os fundos de pensão tem dado resultado. Concluída há exatos dois anos, a comissão desvendou a rota da corrupção “institucionalizada” nos fundos da Caixa Econômica Federal (Funcef), dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petros) e do Banco do Brasil (Previ). Com base no relatório da CPI, recentes operações levaram gente graúda para a cadeia, como o lobista Milton Lyra, ligado ao MDB, e Marcelo Sereno, assessor do ex-ministro José Dirceu. Ambos presos ontem na operação Rizoma.
Relator da CPI na Câmara, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) pontua que a ação da Polícia Federal (PF) “corrobora todo o trabalho da CPI dos Fundos de Pensão”. O parlamentar lembra que as investigações indicaram prejuízo de R$ 113,4 bilhões.
No parecer, Souza detalhou a desvalorização de ativos no período de 2011 a 2015. A rentabilidade do ativo da Previ ficou abaixo da meta mínima em R$ 68,9 bilhões. Na Petros e na Funcef, o prejuízo para os ativos foi de R$ 22,3 bilhões e R$ 18,1 bilhões, respectivamente. Já no Postalis, a baixa foi de R$ 4,1 bilhões.