“A floresta amazônica continuará ameaçada por desmatadores porque não basta conservá-la, mas nela implantar uma bioindústria de cosméticos, medicamentosos, alimentícios e agroflorestais, com a capacitação de populações locais e povos indígenas para participação neste processo. Isto está previsto no zoneamento regional vigente, nunca impulsionado e agora abandonado”, alerta o pesquisador Julio Aurelio.
Cientista social da Fundação Casa de Rui Barbosa, Julio Aurelio foi consultor para a Lei do zoneamento econômico-ecológico de Rondônia, em 1999, o primeiro Estado a adotar a medida e hoje alvo de queimadas com suspeita para plantações a pecuária.
O recado é claro, e outros países sabem fazer nos seus territórios: Em suma, inevitável cessar o crescimento urbano e as demandas do progresso sem mexer na floresta. Mas deve ser de forma cautelosa e sustentável, sem desmatamento. E reflorestando.