A revelação de que o ministro Dias Toffoli, futuro presidente do STF e declarado ex-petista apadrinhado de Lula da Silva, não vai pautar este ano ações que tratam da prisão de condenados em segunda instância é sinal de que o Judiciário trabalha com cautela. Há exemplos nas altas Cortes. Caso da seriedade da ministra Laurita Vaz, presidente do STJ, que pôs fim ao quiprocó do solta-não-solta de Lula no TRF 4. Há três anos ela foi procurada por um dos padrinhos, o ex-governador de Goiás Iris Resende, na tentativa de sensibilizá-la a analisar com atenção especial um habeas corpus para Marcelo Odebrecht. Ela nem atendeu ao telefone quando terceiros sopraram o assunto.
Iris recebera a visita de Emílio Odebrecht na fazenda, para falar sobre o filho então recém-preso na Lava Jato. O ex-governador tentou telefonar para a ministra. Em vão.