A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, jurou em público que não cederia a pressões para pautar o pedido de habeas corpus de Lula da Silva. A agenda dela explica a pressão diante do que se sucedeu. Dia 14 de março, uma semana antes do julgamento, ela recebeu no gabinete o advogado e 13 deputados de partidos aliados do ex-presidente.
Foram em visitas separadas. No início da tarde, Cármen Lúcia abriu as portas para o ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence – que defendeu o HC de Lula sem sucesso no STJ. Horas depois, batalhão de 13 deputados de cinco partidos – PT, PSOL, PCdoB, SD e PDT – marchou no tapete em prol de Lula. Alguns deles investigados na Lava Jato.
Estiveram com Cármen os deputados Paulo Pimenta (Líder do PT), Ivan Valente (Líder do PSOL), Orlando Silva (Líder do PCdoB), André Figueiredo (Líder do PDT), Paulinho da Força (presidente do Solidariedade), Wadih Damous (PT-RJ), Paulo Teixeira (PT-SP), Vicente Cândido (PT-SP), Zarattini (PT-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Henrique Fontana (PT-RS), Marco Maia (PT-RS), Erika Kokay (PT-DF).
Mas Cármen foi sensata e democrática, como o cargo exige. Na quarta-feira véspera do julgamento do HC, ela recebeu os representantes do Movimento Vem Pra Rua.