O vereador Renato Freitas (PT) retomou o mandato numa canetada do ministro do STF Luís Roberto Barroso. Ele visitava o Papa Francisco quando recebeu a notícia há dias. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça. Eu tenho fé”, escreveu. Amém? Nada!
Ele invadiu uma igreja em Curitiba no meio de uma missa, com uma claque, e desrespeitou o templo. Foi cassado duas vezes por quebra de decoro, por grande maioria dos votos, e não por racismo – como ele alega. Barroso atropelou o regimento e rito da Casa, a quem coube a decisão da cassação em votação democrática.
A defesa do vereador alega que a Câmara não seguiu o rito. Barroso citou um “racismo estrutural da sociedade”. Fica assim: se um dia que um grupo invadir o plenário do STF em protesto no meio de uma sessão, interrompendo os trabalhos e desrespeitando o Judiciário, os ministros anistiam a turma.
Freitas é candidato a deputado estadual pelo PT. Não é exagero comparar a canetada monocrática de Barroso para livrar o rapaz da lei, da canetada do presidente Jair Bolsonaro que anistiou o deputado Daniel Silveira (PTB), condenado pelo STF por ataques à Corte. A tinta da impunidade é a mesma para ambos.