Quando não em promessas ou sem propostas concretas, os candidatos – a qualquer cargo, em todo canto do Brasil – têm apelado ao passado para indicar que farão um governo sem tiranias ou exercerão um mandato com prioridade à liberdade de expressão e direitos conquistados.
Por isso, é cada vez mais recorrente ver a presidente Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos lembrarem a ditadura militar – com biografias ou discursos. E não apenas os presidenciáveis embarcam nesse tema para sensibilizar e conquistar o eleitor.
Vez ou outra, em discursos ou entrevistas, a presidente Dilma cita torturas que sofreu durante o regime militar. Aécio e Campos rememoram a luta de seus avós perseguidos – Tancredo Neves e Miguel Arraes, respectivamente.
Nessa onda, alguns candidatos também recorreram a lançamento de livros biografias. Casos de José Serra (PSDB), que disputa o Senado, e o deputado federal Roberto Freire, presidente do PPS, que tenta reeleição – ambos por São Paulo.
Serra lançou recentemente a biografia Cinquenta anos esta noite – O golpe, a ditadura e o exílio. Freire, semana passada, levou às prateleiras o seu Roberto Freire – A esquerda sem dogma, com apresentação de Serra.