Um tanque cheio para o Tribunal de Contas da União (TCU) mergulhar a fundo, e os futuros acionistas questionarem: a BR Distribuidora, em processo de privatização pelo Governo, cobre perto de 40% de uma rubrica milionária, e sigilosa, utilizada pela Plural (antiga Sindicom), a Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência.
A BR é associada com Shell, Ipiranga e outras empresas. Uma Ata da associação indicou que ano passado foram gastos R$ 36,9 milhões, e houve aprovação de mais R$ 45 milhões, cujos investimentos não são detalhados. A BR – que paga quase metade disso – é uma empresa de capital misto, com a União como principal acionista.
Como empresa da União, embora de capital aberto, a BR é passível de investigação do TCU, que poderá averiguar para que duto escorre esta dinheirama pública.
O Governo vai vender 30% de ações na BR, aprovadas em assembléia. Ganhará mais de R$ 9,5 bilhões direto no Tesouro, e ainda manterá 37,5% da empresa de capital misto.
Em nota, a Plural informa que “os recursos e investimentos da Associação são decididos entre e exclusivamente os seus associados”. Mas evita explicar a participação da BR.