Na audiência de hoje na Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Fonteles Filho, membro do Grupo de Trabalho do Araguaia, vai denunciar dois integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por suspeita de ocultarem ossadas que podem ser de ex-guerrilheiros. Os ossos foram descobertos por operários no Forte do Castelo em 2002, em Belém (PA), e sumiram. Para ativistas, os agentes M.J.B. e A.S.D., com ajuda de um PM, realizaram operação secreta para guardá-los. O Forte pertenceu ao Exército e teria sido usado como desova de corpos dos combatentes desaparecidos.
Observadora. Integrante da Comissão Nacional da Verdade, a psicanalista Maria Rita Kehl também participa da audiência. Os agentes não foram convidados, mas serão citados.
A ficha. Os agentes suspeitos eram o chefe de operações e o vice-coordenador geral da Abin no Pará em 2002. São egressos do Serviço Nacional de Informação e sabem muito.
Sei de nada. A audiência foi requerida pelo senador João Capiberibe (PSB-AP), presidente da Subcomissão de Direitos Humanos. A Abin desconhece os relatos supracitados.