A facção criminosa PCC já tem representante no Congresso Nacional. Mas vamos, por ora, omitir seu nome, porque está na mira das autoridades. A Coluna tem publicado nas últimas semanas revelações ouvidas de fontes policiais e autoridades do Ministério Público sobre os avanços da facção na política. Desde jatinhos emprestados a mandatários até lavagem de dinheiro em postos de gasolina. Hoje, revelamos um esquema de compra de secretarias em grandes prefeituras. Mas antes vamos falar do seu relações-públicas dentro do Congresso.
Após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ter pontuado a existência do PCC no mercado de combustíveis, surgiu uma grande mobilização do Congresso Nacional para aprovar medidas para estancar a lavagem de dinheiro da facção criminosa no mercado de combustíveis.
Porém algo chamou atenção dos seus pares: um grande líder da direita vem buscando, nos últimos dias, abrir novas oportunidades para os operadores do PCC em outros Estados , além do paulista. A equação fica assim: enquanto o Congresso Nacional trabalha no combate ao crime organizado, mas algumas “ovelhas negras” dentro do próprio Parlamento atuam em prol do crime organizado e serve de pombo-correio para a facção de negociações feitas no colégio de líderes.
Nesta terça-feira, publicamos que o PCC avançou na “compra de secretarias” de prefeituras bancando campanhas dos eleitos. Funciona assim: a facção ajuda financeiramente campanhas de potenciais candidatos em grandes municípios do interior, com caixa dois. E uma vez eleito, o prefeito entrega a indicado dos criminosos (em todos os casos um “ficha limpa”, sem passagem pela polícia) as secretarias de interesses deles para fazerem negócios e recuperarem dinheiro para a facção.