A despeito de aparecer com dois dígitos nas pesquisas de intenção de votos de partidos, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) tem um plano B caso não dispute a presidência da República: Lançar um de seus filhos deputados à sucessão presidencial.
Jair tem dois filhos deputados – Eduardo, federal por São Paulo, e Carlos, estadual no Rio de Janeiro.
Bolsonaro pai responde a duas ações penais no Supremo Tribunal Federal, movidas pela deputada federal Maria do Rosário (AP 1007) e pela Procuradoria Geral da República (AP 1008). Ambas sobre o episódio em que ele falou em plenário, em 2014, que ela nem merece ser estuprada.
Um detalhe: Dez anos antes, num bate-boca gravado no Salão Verde, a deputada Rosário insinuou que ele era um estuprador.
Bolsonaro corre risco de sair da disputa se o STF o considerar culpado e ele não cumprir a sentença a tempo antes da candidatura em junho – isso ocorrerá caso o Supremo eventualmente o condene antes de Junho em prazo insuficiente para ele cumprir a pena. E corre risco também de ser sentenciado durante a campanha, o que pode gerar pedido de cassação de diplomação caso seja eleito.
Esta pena para o caso em questão pode ser prestação de serviço social ou pagamento de multa.
Bolsonaro depõe em seu processo no STF no próximo dia 4 de abril, justamente no dia do julgamento do mérito do habeas corpus do possível arquiinimigo Lula da Silva.
Testemunhas de defesa não o ajudaram como esperado. Na última quarta-feira (21), o ex-deputado Silvio França, indagado por advogados de Rosário, se complicou na resposta e disse que não concorda com a frase de Bolsonaro.
Já o senador Magno Malta (PR-ES) se enrolou no discurso de defesa, entregou que não achou certo o que Bolsonaro soltou, mas lembrou que Rosário o chamou de estuprador.