A despeito das reclamações da base governista sobre as indicações travadas para cargos nos ministérios, os políticos também não ajudam.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tem barrado seguidos nomes sugeridos pelos deputados e senadores – prova de que bons sujeitos não devem ser na praça.
A revelação foi feita pelo ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a seleto grupo de líderes que o visitou na última quarta-feira.
Mercadante indicou outros dois fatores sobre o bloqueio das demandas: a prioridade para os cargos é de perfil técnico; e os próprios ministros barram indicações. O ministro instigou os políticos a cobrarem ministros de seus partidos as nomeações. Um líder ficou pasmo: ‘Se o chefe da Casa Civil não tem esse poder, nós teremos?’
O perfil técnico foi imposição da presidente Dilma desde a ‘faxina’ realizada por ela nos ministérios em 2011 assim que assumiu. Por isso a base reclama não ter ingerência.
No atual cenário, a maioria dos ministros é da cota pessoal de Dilma, e não dos partidos. Daí ela repetir para os próximos que ‘a crise’ é uma invenção do Congresso Nacional.
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