Com a eleição municipal “na porta”, e o calendário eleitoral apertado, partidos correm para filiar candidatos a vereadores e a prefeitos até 2 de Outubro.
A corrida ocorre apesar da esperança da “janela” de seis meses para troca de partido, na mesa da presidente Dilma. Ninguém confia que a presidente Dilma vá autorizar a “janela” – muitos, da base e oposição, apostam que ela pode vetar a emenda no projeto de lei da reforma política enviada. Ela tem até a próxima semana para sancionar ou vetar os pontos da reforma.
O texto prevê que a “janela” para desfiliação de partidos sem perda de mandato será de 30 dias, válida antes do prazo de filiação antecipada exigida. O prazo de filiação também mudou. Passou de 12 meses antes das eleições para seis meses. A bola do jogo está com Dilma.
Outra descoberta dos envolvidos na campanha de filiação é que ninguém quer o PT. “O voto de 2016 será o anti-PT”, sentencia um experiente senador da base governista.
Um grupo de deputados cita o mesmo risco: num governo instável, a presidente Dilma pode segurar a sanção da reforma eleitoral com medo de o PT perder filiados. Por isso o partido votou em peso contra a proposta no plenário da Câmara.
Outro parlamentar compara o PT com a Petrobras: o partido é uma grande “empresa”, pelo tamanho da máquina, mas ninguém investe numa com ações em baixa.