O ministro do STF Alexandre de Moraes está cercando devagar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Não apareceram provas de participação de Bolsonaro no plano de matar envenenados os eleitos Lula da Silva e Geraldo Alckmin. Só os próximos meses dirão, se houver eventual delação com evidências.
A cautela do ministro e da Polícia Federal – que acaba de indiciar o ex-presidente pelos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 – vem na esteira de uma lembrança que comoveu o País: Em 1954, não havia ordem do presidente Getúlio Vargas na decisão pessoal de seu segurança, Gregório Fortunato, no atentado que mirou Carlos Lacerda e matou o major Rubem Vaz, o guarda-costas.
A suspeita, por ora, é que os militares aloprados agiram sem o conhecimento de Bolsonaro. O ministro quer saber se foi sem o consentimento – neste caso a situação muda completamente contra o ex-chefe da Nação, porque supostamente ele saberia do plano e não impediu.