Partiu de 12 generais quatro estrelas do alto comando da Força a decisão de reformular o CIE – Centro de Inteligência do Exército para monitorar movimentos sociais, como revelou a Coluna.
A decisão foi acolhida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim – o 13º membro do Estado Maior.
O Exército passará a ter mais autonomia em operações de campo, para mapear grupos e descobrir quem é quem nos black-blocs, sem-teto e sem-terra.
Haverá serviço de inteligência e contra-inteligência nas capitais e interior. É consenso entre militares e no governo que parte desses grupos perdeu a legitimidade e, se continuarem com badernas e invasões, eles entrarão na ilegalidade.
LIGAÇÕES PERIGOSAS
É questão de soberania nacional, dizem fontes da Caserna, por se tratarem de grupos que já têm ligações com crime organizado (e o desorganizado também).
E A ABIN?
Embora o Exército negue, não são descartadas infiltrações. Esse serviço de inteligência, até agora, estava restrito às operações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
ALIÁS
Tremula a relação entre os civis da Abin – criada no governo FH – subordinada aos militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ligado às Forças Armadas.
ALERTAS CIVIS
Tão logo repercutiu a notícia publicada pela Coluna e divulgada nos jornais, as entidades de direitos humanos entraram em alerta, idem para a Ordem dos Advogados do Brasil.
O presidente da Comissão Nacional da Verdade do Rio, Wadih Damous, publicou artigo. ‘Não cabe ao Exército cuidar de segurança de público interno’, disse o diretor da OAB-MG Bruno Burgarelli, ao jornal O Tempo de BH.