Pedro Nonato *
Na última quarta-feira, um voo da Air France entre Paris e Beirute, no Líbano, realizou uma aterrissagem de emergência em Damasco, na Síria porque, segundo um comunicado da Air France, a empresa e o comandante do voo decidiram alterar sua rota rumo a Amã devido a uma “rápida degradação da segurança em Beirute”.
Uma vez na pista o comandante solicitou o reabastecimento da aeronave mas as autoridades aeroportuárias locais negaram o pagamento através de cartões de crédito da companhia e aí, sem titubear, o comandante pediu dinheiro aos seus passageiros que fizessem “uma vaquinha” para “o pagamento do combustível” que deveria ser feito somente com “dinheiro líquido” e não com moeda bancária.
Segundo um comunicado da Air France, a empresa e o comandante do voo decidiram alterar sua rota rumo a Amã devido a uma “rápida degradação da segurança em Beirute” e que a Air France conseguiu efetuar o pagamento sem necessitar da “vaquinha” dos passageiros, embora não tenha detalhado de que maneira o problema foi solucionado.
No entanto, segundo declarações de um cliente, a tripulação chegou a receber 17 mil euros dos passageiros.
Após o incidente, o avião retornou a Paris após ter efetuado uma segunda escala em Chipre e a empresa também assumiu as despesas dos passageiros, que voaram de novo no dia seguinte e com “toda a segurança” em direção a Beirute, onde chegaram somente na quinta.
A mesma nota ainda afirma que “a companhia compreende perfeitamente o descontentamento dos passageiros, mas gostaria de lembrar que, nesse contexto excepcional, tinha como único objetivo garantir a segurança de seus passageiros, em concordância com o Código de Transporte”.
Desse jeito os comerciais da empresa poderiam ter como música de fundo a famosa marchinha de carnaval de Ivan Ferreira, “Me Dá Um Dinheiro Aí” – escute aqui: http://www.youtube.com/watch?v=TZRnLw5QGpk
* Publicitário, correspondente e colaborador da Coluna em Paris