O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) desconfiava de que fora gravado pelo filho de Nestor Cerveró, o jovem Bernardo.
O advogado insistiu para que o encontro fosse na suíte de Bernardo no hotel, e não no apartamento do parlamentar, onde ele tomava seus cuidados.
O chefe de gabinete, Diogo Ferreira, entrou com olhar apurado e estranhou um chaveiro na mochila do jovem. Era o gravador. Ferreira ligou a TV em alto som, e sentou-se no sofá entre o senador e a mochila, para abafar a voz.
A atitude foi descrita na sentença como o motivo da prisão de Ferreira.
O encontro foi no último dia 4, e desde então Delcídio evitou conversas e reuniões com Bernardo e o advogado de Cerveró. Na noite de terça, quando Delcídio soube da reunião sigilosa no STF, chamou seu chefe de gabinete e alertou para esperar o pior.
VEM PRA CÁ
Suplente de Delcídio, Pedro Chaves (PSC), segundo o senador de ‘reputação ilibada’ – ao contrário do titular – foi convocado a Brasília pelo advogado do parlamentar.
ABANDONO OFICIAL
O PT vai abrir processo de expulsão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Está à própria sorte. Foi decidido ontem em reunião entre Lula e Rui Falcão.