O “Segundo Poder” ligado à reforma na Esplanada foi flagrado confraternizando em mesas separadas no Lake’s Restaurante, na Asa Sul de Brasília, na quinta à noite.
O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), patrocinou mesa de cinco deputados do partido. A três mesas dele o líder do Governo, o petista José Guimarães (CE), conversava com amigos. E a 10 metros deles o agora ministro da Defesa, Aldo Rebelo, articulava com pares do PCdoB.
O agora ministro da Saúde, o psiquiatra Marcelo Castro (PMDB-PI) – que não compareceu – é um dos mais reservados parlamentares da bancada. Pouco aparece em eventos – e até na liderança na Câmara não é visto.
Desde que foi cotado para ministro, Castro atuou discreto. Disparou “torpedos” SMS para membros da cúpula do PMDB. Repetia o bordão: “vamos manter o acordo firme”.
Há quem aposte – entre eles o federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), dissidente da ala majoritária – que não houve lista de indicados para a presidente Dilma escolher os novos ministros. A tese é de que foram entregues os nomes de Castro e Celso Pansera (agora ministro de Ciência & Tecnologia).
Nesta teoria, ficou latente para os dissidentes: Manoel Junior, citado escancaradamente como favorito, foi “balão de ensaio” para desviar o foco do verdadeiro ministro, que já articulava até ser nomeado.