Com dinheiro rubricado para reforma agrária, apesar da crise no País, a União decidiu ajudar os Estados governados pelo PT num repasse adicional de verba através de reforma agrária “complementar”.
Não é só o Piauí que entrará no processo, como antecipou a Coluna. Bahia e Ceará, administrados por petistas, e Rio Grande do Sul e Sergipe, tocados pelo aliado PMDB, estão na fila.
O plano consiste na compra de terras pelo INCRA nestes Estados onde já existem assentamentos, com terras outrora compradas pelos governos estaduais.
Foi a maneira encontrada para a União ajudar os caixas dos Estados em dificuldades: federalizar suas reformas agrárias.
No Piauí, agrônomos do INCRA estão se recusando a avaliar as fazendas indicadas pelo Interpi, o órgão estadual de reforma agrária. São diretores indicados pelo PT quem tocam o plano.
Outro desafio para estes Estados comprovarem a legalidade da negociação: além de já serem classificados como assentamentos, há muitos títulos definitivos com os lavradores.
No Piauí, o INCRA pode pagar ao Estado R$ 60 o metro quadrado nas terras. Bem mais que os R$ 5 pagos pela União a proprietários de terras por onde passa a ferrovia TransNordestina.