A despeito de mudanças no Senado no PL 4430, que regulamenta as terceirizações no mercado de trabalho, um dos maiores beneficiados será a chinesa State Grid Brazil Holding (51%), sócia da Eletronorte (24,5%) e Furnas (24,5%) na construção das linhas de transmissão da futura usina de Belo Monte. As obras de ligação entre o Pará e Minas Gerais estão atrasadas 12 meses porque os chineses, visando lucro, exigem do Governo autorização para driblar a lei e contratar operários fora do regime de CLT – e ainda trazer milhares de operários da Ásia para o serviço, revelou a Coluna em novembro.
Palocci 2
Dilma soube da pressão durante a campanha, e escalou Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro, para negociar com chineses. Palocci2 é diretor de Planejamento da Eletronorte
Manual em mandarim
O governo tenta convencer os chineses de que a legislação brasileira (por ora) exige a aplicação da CLT nas Sociedades de Propósitos Específicos, como no caso dessa obra.
Drible oficial
Agora, com o avanço do PL no Congresso, há possibilidade de a State driblar a CLT e trazer até dois terços de chineses para a obra – que não tem um poste fincado ainda.
Detalhe$
Os chineses alegam para as sócias e o Planalto o elevado custo da obra em detrimento do baixo lucro. Belo Monte tem 30 mil operários. Só as linhas exigirão mais 12 mil.
Questão de soberania
Não é de hoje que os militares alertam o Planalto para a questão de soberania sobre a produção e transmissão de energia. Ou seja, a transmissão de Belo Monte está nas mãos do governo da China. As obras, orçadas em R$ 5 bilhões, deveriam ter iniciado em abril de 2014, a tempo de ligar a usina às linhas da Chesf em 2 mil quilômetros.
Destrava geral
A presidente faz cara feia, Lula e CUT gritam contra, mas a terceirização regulamentada pode destravar dezenas de obras do PAC no País, em especial no Centro-Oeste e Sul, onde empreiteiras utilizam mão de obra de bolivianos e paraguaios nos canteiros.
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