A presidente Dilma Rousseff ouviu muitas reclamações dos deputados líderes da base governista, em reunião desta quarta-feira (4) no Palácio do Planalto – incrivelmente calada.
Após analisar a versão dos parlamentares sobre as mudanças do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), a estratégia de comunicação e sobre as novas regras trabalhistas, ela aventou a possibilidade de explicar o pacote do ajuste fiscal em linguagem popular, convocando rede nacional de rádio.
Quem puxou o bonde das críticas às mudanças no FIES, que dificultou vagas nas faculdades, foi Celso Russomano (PRB-SP). Ele foi endossado pela maioria dos deputados. A presidente pediu a ele uma ‘nota técnica’.
Em outras palavras, os deputados indicaram que ela deve assumir o front nessa hora do aperto, e não deixar o ônus apenas para o Congresso. Mas dilma não quer TV, por ora.
ECONOMIA
A presidente também pediu apoio do Congresso neste momento em que o País recebe os avaliadores das agências de risco, e lembrou que o Brasil não pode ter nota rebaixada no atual cenário econômico.
Aloizio Mercadante (Casa Civil) deu aulão sobre risco do rebaixamento da nota do País. A maioria dos deputados entendeu o recado: se o Brasil perder investimentos e a recessão técnica piorar, até as emendas podem ser prejudicas no próximo ano.
‘RAINHA’ DA INGLATERRA
Com a cabeça a prêmio na base governista, Pepe Vargas, da Articulação, ficou de braços cruzados a maioria do tempo, entrou mudo e saiu calado da reunião.