O Governo deve recuar em dois pontos nas metas anunciadas sobre as mudanças nos benefícios dos trabalhadores, com justificativa de economizar R$ 18 bilhões por ano.
Diante da grita das centrais sindicais, houve reestudo e opções foram apresentadas à presidente Dilma. O tempo mínimo exigido de trabalho para direito ao Seguro Desemprego vai cair de 18 para 12 meses.
E o abono salarial deve ficar como é: o empregado terá direito ao benefício comprovando 30 dias – como é hoje – ou 60 dias de trabalho, e não 180 dias como estipulou o primeiro plano anunciado.
Mesmo com as mudanças, o estudo prevê uma economia imediata de R$ 2 bilhões para o Tesouro Nacional.
À mesa
Um estudo já está nas mãos da presidente Dilma. Resta agora a decisão, que envolve o aval dos Ministérios do Planejamento, Fazenda e Trabalho – a quem caberá o anúncio.
Dia a dia
Uma comissão do governo negociou diariamente com representantes das centrais sindicais desde o mês passado, quando o ministro Aloizio Mercadante revelou o plano.
Chefão
Com o recuo do governo, a boa nova, menos traumática para o trabalhador, deve ser anunciada por Mercadante, que tem puxado para si responsabilidades da presidente.