Com a idade avançada – terá 74 anos em 2018 – e a saúde ainda comprometida, Luiz Inácio Lula da Silva começa a pensar desde já num sucessor da Era Dilma Rousseff se não tiver forças para se candidatar daqui a quatro anos. Seu sonho é voltar à Presidência e ficar mais oito anos. Mas não depende só dele.
Daí Lula revelar para os petistas mais próximos, há poucas semanas, que o escolhido para o Plano B é o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. E tudo só depende do próprio governador. Caberá a ele fazer uma boa gestão no segundo maior colégio eleitoral do País que sua estrela ascenderá no partido, com as bênçãos do padrinho fundador. E da própria Dilma, de quem Pimentel é amigo e confidente de décadas.
Todo o cenário converge para o nome de Pimentel. Lula cansou das derrotas de Marta Suplicy e Aloizio Mercandate em São Paulo. Nomes novatos que surgiriam como trunfo o decepcionaram. Lindbergh Farias teve resultado pífio na eleição do Rio e é suspeito de figurar na lista da propina de Paulo Roberto Costa (ex-Petrobras). Alexandre Padilha foi um fiasco na disputa pelo governo de São Paulo, e na capital, o prefeito Fernando Haddad patina na reprovação popular.
Elevar Pimentel a presidenciável é estratégico também se o potencial adversário for o ex-governador Aécio Neves. A possibilidade de derrotar o tucano pela segunda vez seguida em seu próprio Estado faz marejar de felicidade os olhos de estrelados petistas.
SECA: SÓ REZA SALVA
Tem gente que acredita, tem gente que não. Na dúvida, os mandatários ficam com a tradição de parcerias que a Fundação Cacique Cobra Coral mantém com o Ministério de Minas e Energia, governos de Estados, prefeitura do Rio e até governos (Venezuela, na Era Chávez) e organizações internacionais. Para quem não conhece, trata-se de um trabalho mediúnico da brasileira Adelaide Scritori, que recebe orientações do Cacique. Faz chover ou não, dependendo do lugar. E dá certo, garantem clientes.
Só não deu em São Paulo, que, segundo a FCCC, não faz o dever de casa. Sim, obviamente, não só a reza forte ajuda, é fundamental ter a ação humana.
Segundo a assessoria, foi dada uma pausa na Operação Ilumina Brasil porque está na mesa do ministro de Minas e Energia Eduardo Braga a minuta de renovação do contrato do governo com a FCCC – em tempo, não remunerado, para todos os casos. Edison Lobão seguiu à risca. José Sarney é cliente desde que presidente da República, quando a médium previu problemas no avião presidencial e ele deixou de viajar. A FAB, depois, comprovara uma peça falha numa turbina. E pelo relato enviado à Coluna, sabem do que falam:
‘Estamos ajudando os Estados do Sudeste a sobreviverem à seca; É dado um ultimato ao (Geraldo) Alckmin (Governador paulista): se prosseguisse com o plano de avançar sobre as águas do (rio) Paraíba do Sul para socorrer o (sistema) Cantareira, a Seca voltaria. O caso ficou sub judice e o STF autorizou tal Aberração ambiental onde vai acontecer o que já ocorre com nosso Velho Chico…(rio São Francisco que sofre com a seca)’, diz a médium, através da assessoria.
‘Como o Estado do Rio e a Prefeitura têm o Registro Hídrico na mão (FCCC) e não querem se indispor com a União, estão pedindo água para o Rio não secar. Ocorre que as águas enviadas para a divisa de SP com o Rio (Serra da Bocaina) onde fica a nascente do Paraíba do Sul começaram a serem retidas pelo Alckmin em SP e não chegam ao rio PB do Sul’.
‘Foi aí que o cacique disse que enquanto o MME e o Planalto não se manifestarem com relação à renovação do convênio (Como sempre isento de ônus financeiro, mas não ambiental) teremos que mudar a estratégia anterior de levar chuvas através da divisa com SP, e elevar as precipitações em Minas Gerais’, disseca com autoridade.
E sentencia: ‘É que as chuvas que provocaram alagamentos em São Paulo e que entraram no rio Paraíba do Sul não vão chegar ao Norte do Estado do Rio nem melhorar o nível do PB do Sul; Todo o volume de água que entrou no rio PB do Sul vai ser contido pelas autoridades de São Paulo para compensar a situação crítica no sistema Cantareira. Este acréscimo de 10cm que houve no PB do Sul, especialmente em Campos, é de águas que chegam de Minas Gerais pelo rio Muriaé. Após subir estes 10cm, o nível está estabilizado e se não voltar a chover em Minas, certamente em seguida, o nível do Paraíba do Sul voltará a recuar’.
Em suma, acreditem ou não na entidade, a incompetência dos gestores públicos de anos traz uma certeza hoje: só reza forte ajudará o Rio e São Paulo contra a seca.
PONTO FINAL
Circula em Brasília a fictícia resposta da presidente Dilma para Marta Suplicy, após desabafo sobre o PT ao Estadão: ‘Relaxa e goza!’