Joaquim Barbosa x Ricardo Lewandowski, o round nos bastidores da toga.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal não foram ainda às vias de fato porque não se encontram pessoalmente, mas o embate verbal ferve entre os dois.
Barbosa adiou sua aposentadoria porque soube, dez minutos antes de assinar o ato em seu gabinete, semanas atrás, de que o desafeto Lewandowski – que ocupará o seu lugar na sucessão – exoneraria sumariamente todos os servidores do gabinete.
Joaquim Barbosa pediu prazo para sair até agosto porque trata do remanejamento de cada um dos funcionários para outros departamentos do STF e órgãos da União.
FICOU BRABO
Irritado com o ato do inimigo, que não deu explicações da estratégia de contra-ataque, Lewandowski ligou para o gabinete da presidente Dilma Rousseff para saber o que aconteceu.
Dilma acionou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo – que contatou de imediato Barbosa. O presidente do STF detalhou a situação e Cardozo passou à presidente.
QUEM MANDA
A presidente da República fez chegar a Lewandowski a resposta, e com um recado claro: como foi Barbosa quem pediu para sair da Corte, ele sai quando quiser..
‘TERRA ARRASADA’
A expressão que chegou a seu conhecimento e atormentou Joaquim Barbosa era que Lewandowski disse que seria ‘terra arrasada’ sobre as exonerações.
Barbosa preocupou-se porque são dezenas de servidores no gabinete cedidos de outros órgãos, como o Ministério Público – de onde é egresso. Ficou para cuidar de todas as transferências.
AFAGO NO CAMAROTE
A presidente Dilma Rousseff, ciente do imbróglio entre os ministros, quis fazer um agrado ao atual presidente. Telefonou, e convidou o ministro Joaquim Barbosa e seu filho para assistirem da Tribuna de Honra a final da Copa da FIFA no Maracanã. Barbosa foi, mas não apareceu nas lentes das câmeras.
DESCE A CORTINA
A assessoria de Barbosa não retornou. A de Lewandowski disse que ‘não foi feito contato dessa natureza’. A Coluna mantém a versão. A de Cardozo, no MJ, informou que não tem essas informações.
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