Por Pedro Nonato
A exposição “Moi, Auguste, Empereur de Rome”, em cartaz no Grand Palais até o dia 13 de julhos nos traz o primeiro imperador romano: Caio Júlio César Otaviano Octaviano Augusto (em latim Gaius Julius Caesar Octavianus Augustus, 63 a.C. — 14 d.C.), filho e herdeiro adotivo de Julio César.
Augusto chegou ao poder através do Segundo Triunvirato, formado com Marco Antônio e Lépido e, logo após a deterioração da relação entre os três e a batalha de Áccio, onde Agripa, seu general e amigo pessoal, derrotou Antônio, Augusto se tornou o único e o mais longo soberano de Roma, por 44 anos.
Então, para comemorar os 2000 anos de sua morte, o Musée du Louvre e o Musei Capitolini, de Roma, associaram-se para apresentar as obras simbólicas daquela idade de ouro do Império Romano, através de uma mostra voltada para a história da arte e a personalidade de Augusto.
Os quarenta anos do reinado do primeiro imperador romano foram marcados por excepcional efervescência artística: estátuas, relevos esculpidos, afrescos, ourivesaria a ponto da expressão “O Século de Augusto” tornou-se uma referência cultural.
Sob Augusto, os romanos vivem seu apogeu econômico graças ao estabelecimento da “Pax Romana” que propicia o enriquecimento geral e favorece um forte impulso no desenvolvimento das artes, que foram constantemente promovidas para garantir a unidade do Império, cujas línguas, costumes e religiões eram muito diversificadas: da Ásia Menor à Gália, há templos, fóruns e moedas ostentando um símbolo único.
Apesar de Carlos Magno ter buscado inspiração em Augusto e de Napoleão ter se feito representar sob seus traços, esse imperador continua pouco conhecido do grande público.
Uma das peças mais marcantes, com certeza, é o “Augusto de Prima Porta” (ver foto), que recebe o visitante e está no cartaz da exposição (ver cartaz), esculpida em mármore, com 2,20m de altura e que foi encontrada em 1863 na residência de Lívia, esposa de Augusto, em Prima Porta, nos arredores de Roma.
É a primeira vez que a peça deixa o museu do Vaticano e representa Augusto em trajes militares, ostentando em sua couraça, em meio a elementos cósmicos, uma cena de grande importância para os romanos: a devolução, no ano 20 a. C., das insígnias tomadas pelos partas trinta e três anos antes.
Veja aqui o vídeo sobre a exposição:
http://www.dailymotion.com/video/x1o90lx_moi-auguste-premier-communicant_creation
Grand Palais
21, Avenue Franklin-Roosevelt
8ème arrondissement
Telefone: 01 43 59 76 78