Terra do presidenciável Aécio Neves (PSDB) e usada como exemplo do ‘choque de gestão’, Minas Gerais pode se tornar risco para sua campanha. Seu sucessor, o governador Antônio Anastasia tem rodado o país para palestrar sobre eficiência administrativa, como na segunda (24) em Campo Grande (MS). Ocorre que Minas, hoje, acumula R$ 19 bilhões em empréstimos com bancos de fomento internacionais e R$ 79 bilhões na dívida com a União. É o segundo Estado mais endividado.
Dia seguinte. O choque de gestão apenas zerou as contas mas escancarou a maior capacidade de endividamento. Com baixa arrecadação, o governo teve de recorrer a empréstimos.
Pires nas mãos. Ano passado, fonte do Tesouro Nacional revelou que Anastasia comentara com o secretário Arno Augustin que não sabia como pagaria o 13º. De algum modo saiu.
Pai do choque. Pai do ‘choque de gestão’, o consultor Vicente Falconi, que ficou mais conhecido após o caso de Minas, cobra caro: ganhou R$ 16 milhões para reestruturação da Infraero.
De acordo com a assessoria do governo, ‘quanto às operações de crédito mencionadas elas foram realizadas para investimentos na infraestrutura do Estado’. A assessoria do governo de Minas informa que ‘assim como outros Estados e municípios, a dívida de Minas Gerais com a União foi renegociada em dezembro de 1998, quando somava R$ 14,8 bilhões. Atualmente essa dívida atinge R$ 67,4 bilhões, apesar de, no mesmo período, o Estado ter pago o equivalente a R$ 29,5 bilhões (Balanço de 2013) e quitar regularmente (pagamentos mensais) o serviço da dívida’.
Os governadores cobram do governo – em tramitação no Congresso Nacional – a mudança do índice de cálculo sobre as dívidas para aliviar os cofres estaduais.
1 comentário em “Tucanos vendem ilusão mineira”
Impressionante a cara de pau desse Aécio. Trabalhei na PRODEMGE – Empresa de Tecnologia da INformação do Estado de MInas Gerais, foi sucateada pelo governo Aécio/Anastasia. Mais estranho é q esse choque de gestão vem sempre às vésperas de eleição. No meu entendimento choque de gestão é economizar e gerar mais rendimentos e não endividar. Fazer choque de gestão demitindo e cortando verbas, essas principalmente no setor de TI, é muito fácil.