Atualizada Domingo, 02, 18h45: O Tribunal Superior Eleitoral vai cancelar a licitação para a compra de mais 5.103 kits de cadastro biométrico.
O caso pode atrasar a coleta de dados de eleitores para o pleito deste ano e colocar em risco o milionário projeto anunciado para várias capitais.
Só num segundo teste, detectou-se ‘vício material quanto aos testes de homologação’, segundo informou a assessoria do TSE. Técnicos do tribunal descobriram inconsistências em segunda fase de testes, a pedido dos concorrentes, no hardware da empresa escolhida, a Akiyama – a mesma que vendeu os 3.500 kits hoje usados pelo órgão.
O software da Montreal, escolhido pela Akiyama, é usado pelo Detran do Rio para cadastrar motoristas, mas não alcançou a qualidade esperada pelo Tribunal nos testes.
Desconfiada da agilidade com que o processo avançou, a direção do TSE enquadrou a turma e segurou o processo. A compra é estimada em R$ 20 milhões.
Hoje, a brasileira Akyama e a holandesa Gemalto disputam a venda. As três empresas que concorriam reclamam nova licitação.
CASO AKIYAMA
A despeito da fase de anulação da licitação, fato corroborado pela assessoria do TSE, o Blog errou ao publicar anteriormente que o hardware escolhido é mais ‘simplório’, segundo fonte da Corte envolvida no processo; que o concorrente ‘Itautec pulou fora’ – enquanto foi desclassificado -; e que havia suspeitas de digital de maracutaia na comissão de licitação. Há confirmação de vício de homologação do próprio edital.
A despeito da anulação da licitação prevista pelo TSE, a Akiyama informa que o hardware é de qualidade e será aperfeiçoado.
‘Esta ferramenta foi aprovada nos testes executados pelos técnicos da Policia Federal , porém , nos testes de requisitos desenvolvido pelos profissionais da área de tecnologia da Corte , verificou-se inconsistências no procedimento de teste descrito no edital , fato que impediu a homologação’.
No sábado, dia 1º, o repórter conversou por telefone após contato de um dos diretores da Akiyama, Ismael Akiyama. Ele reforçou a qualidade de seu produto e enviou parecer da assessoria jurídica do TSE a respeito do imbróglio. Na sua defesa, protocolada no TSE, Akiyama informa que o vício de homologação tão somente é fruto da própria comissão de licitação, que acolheu pedidos de testes não previstos no edital em questão. Ressalta que a Polícia Federal é que deveria nortear novas avaliações – pelas quais o produto da Akiyama fora aprovado – e não a comissão do TSE, em coleta de dados complementares. Veja mais aqui