O governo terá dificuldades de mapear o desmatamento no Brasil nos próximos anos. Uma trapalhada sino-brasileira mandou para o espaço, literalmente, R$ 300 milhões investidos pelo Brasil no Satélite Chinês-Brasileiro de Vigilância Remota, lançado na madrugada de ontem, na China. O Cbers-3 teve problemas no foguete, não entrou em órbita e cairá em algum ponto da Terra. Além de gastar para fabricar o quarto aparelho, já contratado, o governo ficará refém de aluguel milionário de satélites de outros países.
Fora de órbita. Em Pequim para comemorar o lançamento, os ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Marco Raupp (Ciência e Tecnologia-MCT) sumiram do mapa.
Mapeamento. Segundo o MCT, o satélite faria ‘zoneamento agrícola e acompanhamento de alterações da cobertura vegetal’ na Amazônia. Ajudaria o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Mais gastos. O MCT soltou nota discreta. O MMA finge que não é com ele. Mas todos perdem. Com o nacional em órbita, o governo teria economia futura de compra de imagens.