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Brasília - 25 de novembro de 2024 - 7:44h
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Governo garante infraestrutura para a Copa, asseguram quatro ministros

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O editor em bate papo com o ministro Moreira Franco

Por Alessandra Santos, de Brasília

O Brasil não precisa se preocupar com aeroportos na Copa; governo intensificou programa de qualificação de profissionais e vem aí a carteira de trabalho on-line; Imagem do país no exterior não foi afetada com Black Blocs; e mobilidade urbana para cidades-sedes passou no teste das Confederações – mais capitais terão metrôs e VLTs após 2014. Essas entre outras revelações marcaram o I Encontro Nacional de Editores – Coluna Esplanada, promovido na Quinta à noite e ontem pelo editor Leandro Mazzini, em Brasília, com a participação de cinco ministros do governo Dilma, autoridades e editores-executivos de jornais de 21 capitais parceiros da Coluna.

O Royal Tulip Brasília Alvorada Hotel foi palco do evento prestigiado pelo Miinistro da Aviação Civil, Wellington Moreira Franco; o Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro; Ministro do Trabalho, Manoel Dias; presidente da Embratur com status de ministro Flávio Dino, que debateram o tema de 2013:Infraestrutura para a Copa do Mundo. Na véspera, em jantar de confraternização, o homenageado foi Marcio Fortes de Almeida, pelos bons serviços prestados ao País como Ministro das Cidades e Autoridade Pública Olímpica, na qual também discursou o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, convidado de honra.

As autoridades mostraram estar sintonizadas e embora indiquem preocupação com o evento, também trabalham para que o Brasil cresça nos próximos anos independentemente da Copa. A ascensão da classe média e a falta de investimento em algumas áreas também foram citadas como desafios para o crescimento do País.

Aviação

O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, explicou que o Brasil passou décadas sem investimentos aeroviários, e houve um grande aumento no número de passageiros, com a ascensão da classe média. Por isso, os aeroportos hoje não suprem a procura dos brasileiros que queiram viajar. Para melhorar a infraestrutura dos aeroportos, o governo apostou nas concessões. Oss aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP) e Viracopos (SP) já estão pleno vapor, com reformas de ampliação.

Os próximos a entrarem na mesma condição são Confins (MG) e Galeão (RJ). Segundo o ministro, a procura pelo Galeão é maior sim, já que está instalado no Rio de Janeiro. Entretanto, o desejo é que Confins seja transformado em um grande aeroporto, não só para os passageiros, como para o transporte de cargas, estimulando o crescimento econômico das Minas Gerais.

Sobre a Copa, o ministro foi taxativo: “Não se preocupem com a Copa”. O que está se buscando é a modernização para melhor servir os passageiros e mudança no tratamento deles. “No Brasil, as pessoas não são tratadas como clientes, como em outros lugares do mundo. Aqui, caso aconteça alguma coisa, a pessoa não sabe a quem recorrer. Quando você entra no aeroporto, entrega a sua vida para Deus”, brincou, em relação ao desencontro de informações entre a Infraero e cias aéreas.

Mobilidade

O ministro Aguinaldo Ribeiro comemora avanço dos BRTs

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, foi o segundo entrevistado do dia e sintetizou o que a Copa do Mundo de 2014 quer dizer para o país: “A Copa foi o catalizador para grandes investimentos no Brasil. Ela tem cumprido este papel. Era importante fazer isso”. Para agilizar esta mudança no país, foi sancionada em 2012, a Lei 12.587, também conhecida como Lei da Mobilidade, que trata das diretrizes, da definição das responsabilidades e a gestão.

Na lista para as mudanças no transporte público, o governo investe em várias frentes ou “modais”, seja BTRs, metrôs, VLTs (veículo leve sobre trilhos), em algumas ocasiões barcas e trens. Outra opção são os corredores exclusivos para ônibus, implementados em algumas captais do país, entre elas Brasília. Há a expectativa das extensões das linhas em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Fortaleza, além das implementações em Salvador e Porto Alegre, que sairão em breve. Na capital gaúcha, a última aquisição foi o aeromóvel, um sonho antigo e que vive no imaginário dos porto-alegrenses e liga a estação de trem Estação Aeroporto até o Aeroporto Internacional Salgado Filho.

Ribeiro aproveitou a ocasião para comentar também o programa “Minha Casa, Minha Vida”, que em setembro tinha 2,9 milhões de unidades contratadas e 1,3 milhão de casas entregues. O desejo é conseguir bater a meta até final de 2014 e chegar a 3,75 milhões de casas entregues. Outro ponto importante para o crescimento do país é o saneamento básico, com um plano a ser entregue em Dezembro à presidente Dilma, que vai levar ao Brasil 100% de água potável para todos os brasileiros e 93% de esgoto tratado.

Geração de empregos

Ministro do Trabalho, Manoel Dias aproveitou a ocasião para comentar sobre a polêmica dos contratos fraudados e explicou que essas empresas não tinham mais vínculo com o Ministério desde 2001, antes de a fraude ser descoberta. O trabalho do ministro é, segundo destacou, trazer transparência a sua gestão, ainda melhorar a autoestima e agilizar e modernizar o serviço. Dentro das medidas adotadas está a informatização, a diminuição da burocracia e a fiscalização eletrônica.

Manoel Dias, do Trabalho – mais qualificação e transparência

Para a Copa do Mundo, o Ministério do Trabalho vai trabalhar para que o “trabalho decente” seja uma realidade no país, que promoverá a discussão para cuidar dos direitos do trabalhador. Já foi descoberto, por exemplo, que uma empresa não cumpriu com as exigências mínimas de contrato. Dias trouxe um dado: durante todas as construções e reformas de estádios, apenas duas mortes foram computadas – uma conquista da segurança de trabalho em relação ao histórico de obras desses portes, nas quais se perderam muitas vidas. O ministério ainda atua na qualificação de profissionais para atuarem na Copa, com programas em parcerias com prefeituras e estados.

Para este ano, o ministro adiantou que o Ministério do Trabalho quer voltar a ser “protagonista” com projetos que retomem sua importância.

O Brasil para os estrangeiros

Presidente da Embratur, Flávio Dino deixou claro que o trabalho da empresa é promover o Brasil no exterior e agora priorizando os BRIC. Além disso, foca Europa, AL e EUA. Para isso, a última medida foi o lançamento de uma campanha chamada “The World Meets in Brazil”, toda produzida em inglês para apresentar outras facetas culturais do país, além do “sol, praia, futebol e carnaval”. “Precisamos mostrar uma compreensão maior do Brasil. Por isso estamos fazendo eventos de gastronomia, músicas e outros”, comentou Dino. A campanha é especifica para os 18 grandes turistas do país, entre eles, a Argentina, Estados Unidos, Alemanha, Uruguai, Chile e França.

Dino, da Embratur, ressaltou o investimento em campanhas para os BRIC

Dino aponta que os entraves para o crescimento do turismo no país são os preços das passagens e os dos hotéis, que também serão coisas discutidas em reunião que o governo promove para a Copa do Mundo. O que se quer é que os preços sejam competitivos e citou as companhias aéreas: “Ao abrir passagens para 2014, que abrangem até a abertura da Copa, vimos que uma passagem Rio/São Paulo, estava mais cara do que Rio/Paris, isso não dá, por isso conversamos com os donos das companhias”.

Para ele, os preços tem que ser razoáveis. “Para dizer o que é razoável, é preciso dizer o que não é. Um aumento de 500% não é razoável para um período de sazonalidade”, explicou. Outro ponto abordado durante o bate-papo foram as manifestações e a visão do estrangeiro quanto a elas. Dino afirmou que elas são naturais e fazem parte do regime democrático, o que é necessário fazer é que crie-se uma simpatia entre os dois movimentos.

O I Encontro Nacional de Editores tem o patrocínio da BrasCrédito, Souza Cruz, Caixa, realização da Coluna Esplanada, Co-realização da Tuiuiú Comunicação. E Portal UOL como media partner.

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