Redação da Esplanada, com Redação da VOTO
Uma noite recheada de convidados presentes na trajetória da Revista VOTO , ao longo destes mais de 9 anos, marcou a comemoração da centésima edição, no Hotel Sheraton, em Porto Alegre, na noite desta Quinta-feira. A revista publica desde Maio a Coluna Esplanada
O evento contou ainda com uma palestra do editor adjunto de Mercados Emergentes do jornal britânico Financial Times, Jonathan Wheatley, sobre o tema “O Mundo daqui para frente: o futuro dos países emergentes”, na companhia do diretor do BRICLab da Columbia University, de Nova Iorque (EUA), Marcos Troyjo – também colunista do portal Esplanada.
Para a diretora executiva da VOTO, Karim Miskulim, foi a oportunidade de homenagear “amigos queridos que fizeram parte da história da revista, desde a primeira edição, em 2003, e que incentivaram e nos fizeram chegar até aqui, um veículo de comunicação independente e que apostou em tratar de um assunto muitas vezes considerado fora de moda, como a política”.
Entre os homenageados, estiveram os ex-governadores do Rio Grande do Sul Germano Rigotto e Alceu Collares, o ex-ministro e ex-deputado federal Luis Roberto Ponte e o senador Pedro Simon, que foi capa da edição centenária, na ocasião representado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa Alexandre Postal (PMDB).
No jantar, houve espaço para se discutirem os caminhos que o mundo e o Brasil devem trilhar nos próximos anos na busca pelo desenvolvimento econômico e social. Troyjo analisou a trajetória do país na formação de suas características macroeconômicas e sociais. “Entrando em uma máquina do tempo, podemos observar que o ciclo da vida brasileira se modificou.” Destacou que a economia liberal era feita dentro da ideia da oferta e procura e que a democracia representativa era uma forma superior de lidar com a organização burocrática e de poder, formando o DNA daquilo que temos como noção de Ocidente. “Mas, na perspectiva de para onde vamos, houve muitas mudanças”, ressaltou Troyjo.
Já Jonathan Wheatley revelou um pouco da sua vivência cobrindo as atividades políticas e sociais do Brasil durante 18 anos. Enfatizou que o país avança com as manifestações que tomaram as ruas, mas que está decepcionando em relação ao desenvolvimento econômico. “Os países emergentes, entre eles Brasil e China, estão perdendo espaço para os EUA, que retomaram a frente na corrida pelo desenvolvimento mais pujante de sua economia”, disse.