Ao contrário do que possa imaginar a massa popular, a motivação do projeto da ‘Cura gay’ é tão tragicômica quanto a interpretação que tomou os debates. A proposta nº 234 surgiu em 2011 quando o deputado João Campos (PSDB-GO) tomou as dores de uma psicóloga de Niterói (RJ), advertida pelo Conselho de Psicologia ao tratar quadro de ‘distúrbios sexuais’ de um jovem. Criado pela avó, ele procurou a profissional para ajuda, porque só conseguia se relacionar com idosas na faixa etária acima dos 65. Por motivos óbvios, a coluna vai preservar a psicóloga e seu cliente.
OS INFILTRADOS. A polêmica foi tanta que a psicóloga fechou o consultório, ao descobrir que movimentos GLBT ‘infiltravam’ pacientes para testá-la.
VEJA BEM. O projeto não prevê ‘tratamento para gays’ nem obriga os psicólogos a fazê-lo. Ele susta parágrafos da resolução do Conselho de Psicologia, mas pode abrir caminho.
INTERPRETAÇÕES. Já os movimentos GLBT acreditam que, ao sustar os itens, naturalmente abre-se a porta para o ‘tratamento’ e incita-se o psicólogo a aceitar eventuais pacientes.