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Brasília - 22 de março de 2025 - 1:47h

Deputada relembra Marielle e debate feminicídio na Alerj

Foto: Divulgação/Alerj
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Por Alexandre Braz, repórter da Coluna

Completados sete anos do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), no último dia 14/03, a deputada pelo mesmo partido, Renata Souza, relembrou a amiga, que se tornou um símbolo na luta por uma política igualitária, justa e democratica.

“O feminicídio político é a expressão máxima da misoginia na política, o lesbocídio e o transfeminicídio. Dentre tantos parlamentares do Psol, Marielle foi escolhida para ser assassinada porque foi reconhecida como um ícone da bandeira feminista de esquerda, uma mulher preta e favelada no Parlamento do Rio na luta contra a articulação das opressões em gênero, raça e classe”, relatou Renata, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

Renata destaca ainda que as mulheres avançaram muito na busca por espaços de poder nos últimos anos. No entanto, afirma que é preciso caminhar muito por mais igualdade. Na Assembléia do Rio, por exemplo, pontua ela, dos 70 parlamentares, apenas 15 são mulheres, sendo cinco negras.

Audiência Pública

Na última terça-feira (18/03), foi realizada na Alerj uma audiência pública para discutir casos de feminicídio no Estado do Rio de Janeiro. Delegacias especializadas com infraestrutura precária, difícil acesso, déficit de pessoal e de treinamento das equipes, falta de capacitação dos agentes públicos das unidades da rede pública de atendimento à mulher e pouco orçamento para as políticas públicas foram alguns dos temas em pauta. Somente em 2024 foram registrados quase 489 casos de feminicídio no Rio, sendo 107 crimes e 382 tentativas.

“A grande questão em pauta se referiu ao que possa explicar o aumento progressivo no número de casos num País que tem leis de combate à violência de gênero entre as mais avançadas do mundo e que, ainda que de forma insuficiente, conquistou políticas públicas de acolhimento e atendimento às vítimas”, explicou a deputada.

Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), aumentou em 8% o número de feminicídios no ano passado em comparação com 2023.

“Isso significa que um homem assassinou uma mulher a cada 72 horas em nosso Estado. Isso tem a ver com orçamento baixo, com falta de priorização da defesa dos direitos e da vida das mulheres em uma sociedade patriarcal, ainda mais num contexto de poder de forças misóginas de extrema direita”, completou Renata.

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