Por Carol Purificação, repórter da Coluna
A regulamentação de cigarros eletrônicos foi o tema da nova press trip do e-mundi (Encontro Mundial de Imprensa), na sede da BAT em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), nesta terça-feira (18).
Um grupo de reporteres de 21 jornais, portais e radios de 15 Estados visitou a sede da BAT Brasil Labs, para conhecer o processo de pesquisas, análises e pré-fabricação dos cigarros de tabaco da empresa.
Na trip também aconteceu uma palestra sobre o debate da regulação do vape (cigarros eletrônicos), cuja fabricação e comércio ainda não estão permitidos no Brasil.

As palestras contaram com a participação de Marcos Vinicius Machado Teixeira, diretor de assuntos regulatórios, e da farmacêutica Alessandra, Bastos, ex-diretora da Anvisa. Ambos esclareceram a importância da regulamentação para impedir a venda de produtos ilegais, que hoje fomentam a sonegação, a pirataria e o contrabando.

O número de consumidores de cigarros eletrônicos no Brasil aumentou 600% nos últimos cinco anos, e atingiu a marca de 2,9 milhões – alarmante para um produto ainda ilegal no País. Segundo os palestrantes, entre as principais consequências estão da comercialização ilegal: o aumento de óbitos e casos de doenças pulmonares; descontrole sanitário e ausência de padrões de segurança; perda de impostos, empregos e faturamento; o crescente acesso indevido de crianças e adolescentes; e financiamento do crime organizado.
Estudos feitos na BAT Brazil Labs apontam que os produtos produzidos pela empresa em outros países, onde há regulação, apresentam uma redução de 95% dos compostos tóxicos presentes no cigarro convencional – que tem até sete mil substâncias no processo de queima.
“O produto (vape) não é livre de riscos, mas apresenta uma alternativa ao cigarro comum para adultos, e ainda com menos riscos à saúde”, relata o representante Marcos Teixeira.
Outro ponto importante levantado durante o evento foi o montante que seria arrecadado pelo Governo brasileiro com a liberação do produto, a estimativa é de R$ 3,4 bilhões para impostos federais e R$ 2,1 bilhões para os estaduais.
Na sede da empresa os jornalistas tiveram palestras com informações sobre o assunto, painel com perguntas e respostas e uma visita guiada pelos laboratórios da empresa.
Localizada estrategicamente na região Sul – maior concentração de produção de tabaco do País – o laboratório possui 13,5 mil metros quadrados e gera mais de 600 empregos diretos e indiretos.
