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Brasília - 6 de março de 2025 - 17:14h

Discurso perdido de Salles salva família de gafe no Oscar

Imagem: Kevin Winter/Getty
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O diretor de cinema Walter Salles livrou a família banqueira de uma gafe internacional ao perder seu discurso que faria na premiação do Oscar pelo filme “Ainda estou aqui”, no qual citaria “Governos autoritários surgem e desaparecem no esgoto da História”, “Viva a democracia. Ditadura nunca mais!”. É fato, mas faria até a estatueta corar pela involuntária incoerência da relação do Unibanco, de sua família, com o regime militar.

No artigo “Empresariado e ditadura no Brasil: o caso dos banqueiros”, de Rafael Vaz da Motta Brandão, pinçado pela Coluna dos anais do XVIII Encontro de História da Associação Nacional de História (Anpuh-Rio), o texto, amparado em ampla bibliografia, traz detalhes de como os Moreira Salles se relacionaram com o embaixador americano Lincoln Gordon nos tempos de instabilidade política do presidente João Goulart – de quem os banqueiros temiam um Governo comunista e estatização dos bancos.

Com a queda de Goulart e início do regime militar, houve as reformas estruturantes e flexibilização para o sistema financeiro tão esperados pelos banqueiros, que começaram a lucrar como nunca e consolidaram suas instituições.

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