Egressa do partido, a presidente Dilma Rousseff está preocupada com o rumo do PDT na composição da base no Congresso e nas eleições. Recebeu há poucos dias o presidente da legenda, Carlos Lupi – que ela demitiu do Ministério do Trabalho. Pediu a ele compromisso de aliança com o PT na campanha à reeleição. Agora na linha independente, Lupi controla o partido e pretende lançar Cristovam Buarque ao Planalto. Nome de Dilma, o ministro Brizola Neto tenta assumir o comando, mas não tem votos.
NAS MÃOS DELA. O PDT deu aval para o partido, por ora, ter um nome na disputa ao Planalto. O mais forte é o senador Cristovam (DF), que pode fazer estrago na corrida.
TÔ FORA. O partido vai rachado para a escolha de seu novo presidente na convenção de 22 de Março. Dilma, porém, avisou: “Eu não vou me meter nessa disputa”.
HERDEIROS. Lupi tem a maioria no partido e quer a reeleição. Brizola Neto deve lançar um dos dois irmãos – Leonel, vereador no Rio, ou Júlia, deputada no Rio Grande do Sul.
NA CONTA. Atualmente o PDT com 26 deputados e cinco senadores. Não é de se descartar no Congresso, mas também não tem mais tanto peso como antes. Cabo eleitoral de Lupi para a audiência foi o ex-presidente Lula, apesar de o presidente do PDT dizer que “tem ótima relação com Dilma”, com quem conversou “umas cinco vezes já”.