Enquanto anuncia a redução da tarifa na conta de luz, a presidente Dilma Rousseff será obrigada a lidar com dois fatores extras que podem contribuir para elevar a inflação.
Além do iminente aumento da gasolina – a Petrobras tem bancado a perda bilionária para segurar o valor na bomba – o governo prepara a concessão de estradas e instalação de pedágios nas rodovias BRs 262, 050, 060, 153, 163 e 267, por onde escoa grande parte das produções agrícolas do país.
As rodovias cortam os estados de Minas, ES, Goiás, Mato Grosso, DF e Mato Grosso do Sul. Cortam os maiores produtores de grãos do Brasil.
Neste ponto o cerne do impasse. Para o governo, a concessão melhora as estradas e o serviço ao motorista. Para o setor do agronegócio, os pedágios vão encarecer o frete, e por consequência o preço dos produtos ao consumidor final. Notório, o Brasil é um país de caminhões.
Transportadores de cargas já reagem com indignação. Mas a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) promove audiências pelo país e tocará os leilões para licitação, com concessão para 25 anos.
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