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Brasília - 26 de dezembro de 2024 - 9:54h
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É guerra: após decisão de Dino, Congresso barra crédito extra de R$ 1 bi ao Judiciário

Foto: Rosinei Coutinho/STF
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Menos de duas horas após a canetada do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu o pagamento das emendas parlamentares no Congresso Nacional, os deputados e senadores entenderam a decisão como retaliação ao pedido de impeachment protocolado na Câmara contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) e declararam guerra.

Em trocas de telefonemas e mensagens por WhatsApp na última hora, nesta noite de quarta-feira (14), os membros da Comissão Mista de Orçamento fizeram uma reunião extraordinária de emergência e acabam de rejeitar a MPV 1238/2024, que abria crédito extraordinário de mais de R$ 1 bilhão ao Poder Judiciário.

O valor previsto na MP 1238/2024 é de exatos R$ 1.348.356.276,00. O lobby do Judiciário é forte neste tema. Na reunião da CMO, o deputado Cláudio Cajado criticou a decisão do Governo em enviar MP para reajuste salarial do judiciário.

Brasília vai dormir hoje em meio a essa guerra em que nem todos estão envolvidos. Pagam o preço os ministros, juízes e desembargadores por uma decisão monocrática do ministro Dino, que será ainda levada ao plenário para aprovação. Pagam também o preço os senadores e deputados que não endossaram o protocolo de pedido de impeachment de Moraes – a levar em conta uma decisão supostamente política de Dino em defesa do colega togado.

Mais cedo, Dino saiu em defesa de Moraes, citado em reportagens da Folha de S.Paulo sobre atropelos do rito processual no STF e TSE em busca de provas para cercar políticos bolsonaristas nos inquéritos que coordena na Corte.

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