Por Walmor Parente, subeditor da Coluna
Fernando Haddad não é o primeiro ministro da Fazenda a ser flambado pelo fogo amigo do próprio partido. Na véspera do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o então chefe da pasta, Joaquim Levy, caiu após reveses de seu plano de austeridade para reequilibrar as contas públicas.
Dilma demitiu o economista após duras críticas públicas de parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) e do então ex-presidente Lula da Silva. Por coincidência, a atual cizânia entre Haddad e a cúpula do PT gira em torno da condução da política fiscal do Governo, taxada pelo partido de “austericídio fiscal”.
O ministro da Fazenda do 1º Governo Lula, em 2003, Antonio Palocci, também foi alvo da ala radical do partido que se opunha, à época, à reforma da Previdência e à taxa de juros no patamar de 25,5% ao ano.