A saída de Flávio Dino para as miniférias – até 5 de janeiro – é vista pelo PT e oposição como estratégia engendrada para emplacar seu pupilo e ministro interino, Ricardo Cappelli, no comando da Justiça.
Os últimos movimentos de Cappelli, que é filiado ao PSB e almeja ser deputado federal, entregam a operação para colocá-lo em evidência. Comandou reunião no Centro Integrado de Operações de Brasília, na Secretaria de Segurança Pública do DF, para discutir ações de segurança para o dia 8 de janeiro.
De perfil midiático como o padrinho, enalteceu o trabalho da PF após o chefe da maior milícia do RJ, Zinho, se entregar. Na interinidade de Cappelli, e com noticiário frio pelo recesso, a PF solta no Brasil uma operação de prisão do maior traficante do Uruguai, colocando de novo Cappelli na vitrine.
A forçada de barra de Dino e Cappelli para que este seja nomeado ministro já é latente e irrita boa parte do PT, principalmente a ala que torce para que Ricardo Lewandowski seja o nomeado.