O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, tenta se segurar no cargo pressionado pelas categorias da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, mas por culpa das promessas não cumpridas pelo chefe, o presidente da República.
Jair Bolsonaro (PL) convocou Torres para uma reunião no Palácio do Planalto ontem no fim do dia, para ter um feedback do encontro do ministro com as categorias da PF e PRF na tarde de ontem – conforme revelou o blog no sábado.
Mas o Governo piorou a situação e mostra desespero. Na tentativa de segurar o apoio das forças federais, a mando do ministro da Economia, Paulo Guedes, Bolsonaro promete uma grande reestruturação das carreiras para 2023 – com novos benefícios e aumento salarial diferenciado. Ninguém acreditou na malandragem. O problema é que isso está condicionado totalmente à sua reeleição.
A tensão nas forças federais começou na quinta-feira (14) à noite, quando entidades de classe anunciaram assembleias para esta terça (19) para debater o que fazer diante da insatisfação geral com o reajuste prometido de 5% – muito abaixo do prometido anteriormente por Bolsonaro às categorias.
O ministro Torres, um delegado federal, que pediu no fim de semana essa reunião com as categorias da PF e PRF, avisou às categorias que luta para um aumento de dois dígitos. Mas sabe que está impossível.