Na linha de frente do combate à pandemia provocada pelo coronavírus, os hospitais ligados às universidades federais – que já agonizam – foram alvos da tesourada no orçamento para este ano. Os vetos do presidente Jair Bolsonaro (PL) preveem corte de R$ 100 milhões da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela administração das 50 unidades vinculadas a 35 universidades federais. Outra instituição imprescindível no combate à pandemia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também foi atingida pela tesourada com corte de R$ 11 milhões.
Deputados e senadores que integram frentes parlamentares repudiam os cortes orçamentários e vão priorizar, na volta dos trabalhos legislativos em 2 de fevereiro, a cobrança por verbas suplementares para as áreas atingidas.
Presidente da Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) classifica o corte como absurdo: “Falta de sensibilidade. Ciência é prioridade e a vacina está aí para provar”.