Uma vitória dos Bolsonaro nas relações internacionais. Promessa pessoal do presidente da República ao premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, o acordo de defesa assinado entre Brasil e país do Oriente Médio em março de 2019 foi, enfim, aprovado na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
A oposição (PT, PSOL e PCdoB) tentou derrubar com um ‘kit obstrução’. Segundo deputados da oposição, o Governo busca tecnologia israelense para monitorar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e tratá-lo como grupo terrorista. Os governistas negam. Não há qualquer acordo firmado (ainda) de troca de tecnologia de espionagem.
A oposição ao Governo também não concordou em cravar oficialmente que o Hamas é uma organização terrorista, como reconhecida em outros países.
A deputada Perpétua Almeida (PCdoB) – que já presidiu a Comissão em 2012 – propôs emenda ao Acordo, o que é proibido para textos de acordos internacionais.
Ativista da bandeira gay, o deputado David Miranda (PSOL-RJ) foi cobrado por Van Hatten (NOVO-RS) por não condenar violações dos direitos humanos na Palestina contra homossexuais. Saiu-se pela tangente com crítica à privatização da Eletrobras.
A conquista na pauta é capitalizada principalmente pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente. A comunidade judaica no País acompanha a pauta com atenção.