É de Fernando Cavendish e não dos advogados a decisão de ficar calado na CPI. O dono da Delta, construtora pivô de triangulações financeiras com empresas fantasmas de Carlinhos Cachoeira, baixa na CPI só em Agosto. O advogado Técio Lins e Silva tentou convencê-lo de negociar sua ida à comissão até dia 17 para depor, com esperança de que o recesso esfriasse o caso. Cavendish está temeroso. Como revelou a coluna, sua sala foi alvo de escuta ambiental. Não sabe se pela polícia ou espionagem empresarial.
Quem tem boca…
O PSDB não vai engolir o silêncio. Vê em Cavendish o homem-bomba que pode abalar as estruturas do PT. A oposição vai ao STF para forçar o empreiteiro a falar.
Contra-ataque
Com a convocação de Luiz Pagot, ex-Dnit, o PT não deixou barato e incluiu Paulo Preto, o suposto financiador do tucanato paulista, que não tem nada a ver com a história.
Agenda
O plano da CPI é ouvir até dia 17 os quatro deputados suspeitos de ligações com Cachoeira: Lereia (PSDB), Sandes Junior (PP), Otoni (PT) e Stephan (PPS).