O ministro da Economia, Paulo Guedes, não enfrenta apenas a debandada dos melhores quadros de sua equipe, desanimados com o cenário político-econômico atual. É forte a resistência do funcionalismo público, engajado na luta contra as privatizações, e contra a reforma administrativa.
O Governo já esperava resistência interna, ao passo que servidores sabem que, nas privatizações, nenhuma estatal pode sair a preço de banana como em alguns casos.
A associação de servidores da Caixa, por exemplo, fez uma pesquisa e descobriu que 97% dos servidores são contra a privatização do bancão 100% estatal. O Banco do Brasil já tem capital misto.
Mas há cases de sucesso no ramo. A Caixa Seguradora foi privatizada anos atrás, e tem uma sócia francesa. Tornou-se uma das maiores empresas seguradoras do mundo, com nova e mega sede em Brasília.
Outra resistência vem do setor elétrico. Na sexta, a Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras espalhou por whatsapp dados positivos que, na visão dos servidores, blindam a estatal de energia da cobiça do mercado privado.
Lembram os engenheiros que foram R$ 5 bilhões de lucro no último ano fiscal; que a Eletrobras tem R$ 15 bilhões em caixa, e mais de R$ 44 bilhões em recebíveis até 2028.