Um novo livro sobre o ex-presidente Juscelino Kubitschek trará à tona bastidores dos anos mais intensos do estadista. Como, por exemplo, JK enterrou uma CPI da construção de Brasília ao dar a diretoria financeira da Novacap para a opositora UDN. E um episódio especial: no fim dos anos 60, o então embaixador Lincoln Gordon reuniu-se com os empresários das multinacionais aqui e pediu que boicotassem a tentativa de JK retomar a presidência, pois o considerava progressista, uma ameaça aos EUA.
O livro ‘Momentos decisivos – JK contra o golpismo no Brasil’ foi escrito pelo primo de JK, o ex-deputado do PSD Carlos Murilo. Será lançado na quarta, em Brasília.
Carlos Murilo foi o político que mais conviveu com JK, desde sua gestão em Belo Horizonte, como prefeito. Também publicará momentos piadistas dele.
“Conto todas as coisas importantes que aconteceram com ele e que vivenciei”, relata o autor, que revelará também cartas de JK no exílio. “Todas as jogadas secretas, além de coisas engraçadas”.
Na obra, o autor crava que JK foi assassinado pelos militares, e não vítima de um acidente automobilístico na Via Dutra. Na véspera de sua morte, JK estava em Brasília com Carlos Murilo, passeou na surdina pela noite da capital, como fez em outras ocasiões, sempre escondido dos militares.