A previsão de economia com a reforma da Previdência poderia chegar próximo ao patamar de R$ 1 trilhão – estimativa inicial – se deputados e senadores não tivessem cedido ao lobby de alguns setores.
A pressão das entidades filantrópicas, por exemplo, derrubou do texto da PEC paralela o fim de isenção previdenciária prevista na primeira versão do relatório do senador tucano Tasso Jerreissati (CE). Se fosse mantido o fim da imunidade tributária para essas entidades, a economia poderia ultrapassar os R$ 60 bilhões em 10 anos.
Derrubado da Previdência, o fim da isenção será tratado em um projeto de lei complementar. O texto deve prever a cobrança gradual, em cinco anos, de contribuições previdenciárias de entidades enquadradas como filantrópicas, mas com capacidade financeira.
Há lobby também de ruralistas, bancada mais atuante do Congresso, para derrubar cobrança gradual, em cinco anos, de contribuições previdenciárias do agronegócio exportador. Impacto fiscal previsto também é de R$ 60 bilhões em dez anos.