Além do presidente Jair Bolsonaro (PSL), ministros e assessores do alto escalão do Governo contrariaram nos últimos meses as orientações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para uso exclusivo de celulares criptografados.
Após a informação de que Bolsonaro e outras autoridades foram alvos da quadrilha cibernética presa pela Polícia Federal, os órgãos de segurança do Planalto voltaram a reforçar os alertas e orientações para que os integrantes da cúpula do Governo priorizem o uso de aparelhos protegidos.
Os celulares da Abin são chamados de Terminais de Comunicação Seguras (TCS) e, além de criptografados, não possibilitam a instalação de aplicativos – como o Telegram e WhatsApp.
Os aparelhos também têm opção de mensagens instantâneas, serviço, até agora, pouco usado pelos integrantes do Governo.
Nos próximos dias, o GSI irá lançar uma consulta pública sobre a Estratégia Nacional de Segurança Cibernética, em discussão no Governo deste outubro do ano passado. Um dos eixos é a prevenção e mitigação de ameaças cibernéticas.