Principal formulador da Reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tornou-se o principal crítico do Governo sobre as alterações de trechos da proposta que avança na Câmara. É que os deputados mexeram com o andar de cima, os bancos. O embate entre portas é forte com deputados.
Dois pontos no parecer do relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), irritaram Guedes: retirada da capitalização – obsessão do ministro -, e o aumento da alíquota da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido dos bancos dos atuais 15% para 20%.
Cálculos do relator da reforma apontam que o aumento da taxa sobre os banqueiros, se aprovado, terá “potencial arrecadatório de aproximadamente R$ 50 bilhões nos próximos 10 anos”.
A Reforma da Previdência já é alvo da oposição no Senado. Será mais difícil na Casa Alta a articulação do Governo, onde o Palácio não tem, hoje, mais que 30 aliados.
Em requerimentos já em análise pela Comissão Diretora, senadores pedem ao ministro Guedes informações sobre os dados que embasaram a apresentação da proposta.
Cid Gomes (PDT-CE) requisita acesso “aos parâmetros quantitativos e qualitativos” que garantem o R$ 1 trilhão. Leila Barros (PSB-DF) quer detalhamento das aposentadorias especiais de professores, por sexo, entre outros pontos específicos sobre invalidez.