Duas gigantes do setor de vendas online – a chinesa Alibaba e a norte-americana Amazon – discretamente estudam a compra dos Correios, informam fontes do setor, a secular estatal brasileira que está prestes a ser privatizada.
Em tempos de alta demanda de comércio eletrônico, a empresa federal tem o mapa da mina – a logística de entrega nacional – para seus potenciais futuros clientes. O fato de os Correios também atuarem com o Banco Postal pode atiçar o setor bancário. As multinacionais podem se associar a um banco privado brasileiro para a compra.
Cartas e encomendas perdem força. O que mais interessa aos compradores são a logística, com frota ampla, e as agências, que podem se tornar bancárias.
Após ser assaltado por anos por quadrilhas políticas do PMDB, PT e PTB, o Correios, hoje, está sanado e superavitário. Mas não traz dinheiro para a União.
Ajudaram neste novo cenário para os Correios as administrações recentes de Guilherme Campos (Governo Michel Temer) e em especial do general Juarez Cunha, que sai. De mesmo perfil austero e competente, o novo presidente dos Correios que tomará posse, General Floriano Peixoto, chega para estruturar a empresa para a privatização.